quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pelo desrespeito no futebol

O jogo entre Flamengo e Galo no Mineirão - para mim, a final do campeonato - tem tudo para ser um grande espetáculo, mas a atmosfera deveria estar diferente. Acabei de ler a matéria no Globoesporte.com com o Willians falando em cautela e outras coisas importantes. Tudo bem, cautela podemos até ter, mas falar que "o empate lá é uma vitória" porque "não estamos pensando no título, e sim, em se manter no G-4" é um desrespeito à nação. Não digo porque é o Flamengo, mas se fosse com qualquer time.

Vejamos: a 4 pontos do líder, com ainda 5 rodadas pela frente, é claro que o Flamengo está na briga e quer ganhar domingo pra ser campeão e não pra ficar no G-4. Hoje parece que garantir a vaga pra Libertadores está mais importante do que o próprio título.

Fico pensando como se sentem os craques da antiga ao verem esse futebol brasileiro com tanta cautela, preocupação defensiva e joagndo com três volantes no meio. E não é só isso. Futebol em que e jogador faz um gol e na comemoração quase reza uma missa dentro de campo. Isso quando ele quer comemorar, pois às vezes não faz nada por "respeito à torcida adversária".

Essa questão do desrespeito é uma babaquice. O cara não pode dar um drible de efeito, é desrespeito. Mas, o zagueiro pra dar uma lição de moral, pode dar uma voadora no joelho dele.

Eu não sou do tempo em que o Manga falava que o bicho já era garantido quando o jogo era com o Flamengo, nem vi o Leandro dar um lençol na entrada da área pra sair jogando e depois bater no peito falando que "jogava pra caralho". Porém, assisti a algumas gracinhas de Renato Gaúcho, Viola, Djalminha, Romário e outros.

Se o futebol ficar muito cortês, no futuro ninguém vai poder sacanear o outro na rua porque o time ganhou, talvez nem a camisa do meu time vou poder usar mais, porque pode ser um desrespeito com o perdedor.

Desrespeito é o que anda acontecendo. Jogadores sem amor à camisa, relaxados, sem gana de brigar pelo título e com medo de jogar com alegria. Assim como a imprensa, que está sempre em cima do muro, chovendo no molhado e querendo educar o futebol. Alguns comentaristas, além de falarem o que simplesmente todo mundo já está vendo, ainda criticam os jogadores mais irreverentes.

Por isso, sou adepto da provocação, do lençol, da caneta e do dedo na boca mandando o adversário se calar. Se isso é desrespeito, fica aqui o primeiro apoio à prática.

Um comentário:

  1. Irado o texto. Concordo plenamente.
    Lendo aqui lembrei do tempo em que comecavamos nossas redacoes do CRJ com o celebre "Um caos." Nao sei se era tu ou o Araripe ou os dois que faziam isso tb! Quanta besteira!
    Mas porra, agora e outro nivel, irado o blog. Abracos!
    Obs: vcs serao campeoes, por esse lado e bom estar bem longe, esse verao vai ser de festa para os flamenguistas. Pedro Freitas nem deve mais ter sua parcela tricolor paulista!!

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