domingo, 18 de abril de 2010

Carioca sem saída


Quem me conhece sabe. Nunca rejeitei o programa de ir ao maracanã. Porém, hoje resisti e não fui. A minha não-ida foi justamente de protesto pelo futebol que vem mosrando a maioria dos times brasileiros, principalmente os do Rio. Como tinha falado, com quem que ficasse o título de campeão carioca representaria a consagração da retranca. Quis o destino que essa glória fosse de Joel, o último rei do Rio.

Entram em campo Flamengo e Botafogo para, pelo menos, um público bom - mais ou menos 50 mil pessoas. No rubro-negro, como sempre, Andrade coloca Willians, Maldonado e Toró, que voltou a ser fraco. No outro, como sempre também, Joel escala três zagueiros, 3 volantes, um lateral, um meia e os dois gringos.

Eu estava certo. O jogo foi feio, e não se pode dar destaque pra nenhum jogador.

O juiz Gutemberg entrou no campo ligado em todo lance, se errou em algum, eu não vi. O campeonato Carioca só foi ter uma arbitragem decente logo no seu último jogo, coisa do destino. E o resultado comprova tudo, o jogo ruim e a boa arbriagem: 2x1 pro Botafogo, com dois gols de pênaltis. Que existiram, todos, diga-se.

Os jogadores, acostumados com os péssimos árbitros, usaram e abusaram do puxa-puxa dentro da área e se deram mal. Isso rendeu dois pênaltis contra o Flamengo e 1 contra o alvinegro. A questão aí é que o Herrera bateu e fez, o Abreu bateu bem e fez e o Adriano bateu mal e perdeu. Pra quem já estava esperando cobrança, é melhor o Imperador se preparar e parar de miguélite, porquê se o resultado não vir na quarta, contra o Caracas, vai acabar o amor e virar um inferno o Império.

Já o Botafogo, depois de três anos pode gritar “É campeão!” em cima do Flamengo, finalmente. Com Abreu batendo um pênalti de tirar onda com o Bruno e o Jéfferson pegando outro do Adriano, lavar a alma numa maneira melhor que essa não existe.

E daqui pra frente, como fica? Estadual vale pra salvar o semestre mas não serve de parâmetro. O Flamengo continua com um elenco, teoricamente, capaz de avançar na Libertadores e defender o título brasileiro. Mas, precisa mudar a postura, e se o Andrade continuar indiferente, vai rodar.

O Botafogo, apesar de campeão, continua tendo um elenco péssimo, digno de uma eliminação vergonhosa na Copa do Brasil em casa para o Santa Cruz e se não se reforçar vai lutar pra não cair. O time realmente só tem uma jogada e não consegue fazer uma troca de mais de três passes. Mas nenhum botaoguense está pensando nisso agora. Com razão.

E assim segue a vida, ainda vai ser difícil encontrar uma saída para o futebol do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Show de horror de domingo


O domingo prometia. Dia de clássico dos milhões na disputa da semifinal do charmoso campeonato carioca. Porém, resultou num Maracanã com pouco mais de 20 mil pagantes, um gramado castigado pelas chuvas e um jogo péssimo, com dois times que estavam com medo de jogar. O então clássico Flamengo e Vasco de ontem foi uma terapia do sono coletivo no maior do mundo.

Totalmente previsível, o Flamengo entrou em campo com três volantes, um meia e dois atacantes. Por sua vez, aos 45' do segundo tempo, a formação era: 3 zagueiros, 4 volantes e um meia. Isso mesmo, sem nenhum atacante. Já passa a ser vergonha alheia essa stuação.

Mais uma vez o time jogou mal, não conseguia sair a bola e se garantia na força de Vágner Love, que se virou lá na frente o tempo todo. Brunoo Mezenga, que substituiu Adriano, até começou bem, mas a carruagem virou abóbora em dez minutos de partida. Outro que também tantou alguma coisa e estava agradando - mais uma vez - era o Michael, que claro, saiu para a entrada do Pet.

Andrade tem um banco com Vinícius Pacheco e Pet. O time estava jogando mal e precisando da vitória, sendo que um meia estava jogando bem e dois volantes - Toró e Willians - num dia infeliz. O que ele faz? Simplesmente o mesmo de sempre. Saca o meia, e coloca outro. Aí dá sorte ao ter um pênalti a seu favor, desempata a partida e volta à sua retranca.

Mas, quando você espera que somente um time tenha culpa no cartório, do outro lado o Vasco joga uma pá de cal sobre o túmulo do "alegre futebol carioca". Gaúcho formou o time do mesmo jeito que o rival: três volantes, Coutinho de meia e dois atacantes. O time só tinha saída com os chutes de fora da área de Rafael Carioca e Léo Gago, e as caídas de Coutinho pela esquerda. O problema foi que, desta vez, o garoto prodígio foi muito bem marcado pelo Léo Moura.

O Vasco leva o segundo gol e o que o Gaúcho faz? Simplesmente tira o Coutinho e coloca o Carlos Alberto. Logo depois disso, precisando fazer o gol de empate, ele faz outra mudança: o meia Magnu pelo atacante Dodô. Daí, só no fim, depois da expulsão do Juan, pelo Flamengo, ele tirou o Rafael Carioca para a entrada do atacante Pimpão.

Coincidência? Acho que não. O que mais assusta é justmente isso. Esse surto tomando todos os técnicos brasileiros de que é mais importante não levar gols do que tentar fazer, vide nossa seleção que vai empenhada e favorita pra Copa jogando com três volantes e Kaká.

A final da Taça Rio vai ser contra o Botafogo. Eu era contra o fato do time alvinegro ser campeão com esse joguinho do Joel Santana, mas agora vejo que não há solução. A conquista do Flamengo vai coroar um trabalho ruim e medroso que Andrade vem fazendo neste ano. O time está muito longe de ser aquele do Brasileirão ano passado. Ele tem elenco pra isso, por quê não põe pra jogar bola?

Semana que vem tem outra labuta, certeza de jogo feio e chato de se ver. Um ótimo remédio pra quem anda sofrendo de insônia. Alguém vai encarar o show de horror?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O samba e a mentira

Hoje é 1 de abril, mas, em vez de eu contar uma mentira como todos estão fazendo, separei alguns sambas que falam sobre o assunto e suas derivações.

De Noel a Zeca Pagodinho, podemos ver que a mentira também é assunto que dá samba.

Podem conferir, comentar e sugerir outros.


Pra quê Mentir (Noel rosa) - Paulinho da Viola





Tudo Que Você Diz (Noel Rosa) - Pedro Paulo Malta e Alfredo del Penho




Falsas Juras - Casquinha da Portela




Propagas - Roberto Ribeiro




Triste Desventura - Roberto Ribeiro




Enganadora - João Nogueira




Falou Demais (Mauro Duarte) - Cristina Buarque e Samba de Fato




Verdade Aparente - Gisa Nogueira




Eu Prefiro Acreditar - Zeca Pagodinho