quarta-feira, 16 de junho de 2010

Papo de bola



Depois de um ano todo de espera, através de amistosos, palpites de convocados, album de figurinhas, comerciais, jogo da copa pra PS3... Eis que, finalmente, começa a Copa pro Brasil! E depois do primeiro toque, é hora de comentarmos a atuação do batalhão do Dunga. (que, bem falou o Pablo, meu camarada, estava parecendo o Popeye com aquela roupa ontem)

Pra quem achava que o Brasil ia fazer uma atuação de gala, se decepcionou porque quis. Copa do Mundo é assim, nenhuma estreia satisfaz o torcedor. A Coreia é fraca, mas nem se fosse o Ibis ia ser goleada. Se nós, torcedores, já ficamos tensos na espera do jogo, imagina o caboclo que está vestindo o manto dourado? Ainda mais quando o cara é, simplesmente um jogador mediano, como a mairia do time. É isso, pouco futebol, algum esforço, mas pelo menos arranca a vitória. Isso que importa.

Para se destacar da partida (nem era essa a palavra a ser usada), só dá pra falar do Robinho, que mesmo por muitas vezes bailando mais que jogando, tentou fazer alguma coisa no jogo. Não à toa, acertou um primor de lançamento pro Elano. Outro que queria alguma coisa, e esse, diga-se de passagem, sempre mostra disposição e raça, foi o Maicon, premiado com um belo gol. De resto, nada a declarar. Juan e Lucio não tiveram problemas, e memso assim o nosso capitão mostrou o espírito "zagueiro-zagueiro", espirrando bola pro lado (até contra a Coreia do Norte!). Michel Bastos, Felipe Melo, G. Silva e Kaká foram um lixo. Luis Fabiano nada fez, mas atacante é assim, não precisa aparecer muito, contanto que meta o dele. Nesse caso, ontem não deu. Fraco.


......................................................................................................


Mudando o rumo da prosa, Zico no Flamengo é, de fato, a maior esperança do torcedor rubro-negro. Em sua primeira entrevista no cargo, deu pra sentir que não tem mi-mi-mi com o cara. Falou a verdade e não deixou nenhum fato de lado. Disse que está dificil contratar e que vai dar um jeito. Tirou neguinho que tava lá de corpo mole na comissão (era a galera do Andrade) e deixou claro que vagabundo nenhum vai ter molezinha. O goleiro faltou ao treino, reclamou que demitiram o amiguinho e não adiantou nada. Bruno ta lá, puto, de birra. E o Zico? Cagando e andando pra ele. Quer ir embora? Vai. Afinal de contas, Zico foi o Zico, não tinha nenhum mimo desse na época de jogador. Se tornou ídolo.

Outra postura correta foi com relação ao Emerson. Se esse cara tivesse todo esse amor pelo Flamengo como disse, aceitaria baixar o salário. Já que o que falou mais alto foi o dinheiro, que continuasse na Arábia, afinal, seu contrato não terminou ainda. Mas, não, ele fechou com o Fluminense.

Pelo menos, o galinho está passando uma postura que, se ela se concretizar, pode ser muito proveitosa para a vida do Flamengo e dos torcedores.

domingo, 6 de junho de 2010

O efeito Costinha

Depois de muita desilusão com o futebol carioca e um mês de merecidas férias, o blog está de volta à ativa.

Neste período em que estive num grande recesso pude aproveitar a ocasião para viajar, coisa que não fazia há muito tempo.

Tanto foi este tempo que até estranhei um pouco quando entrei no avião rumo a Buenos Aires. Sem deixar de ter o frio na barriga, notei que perdi um pouco do costume de uma viagem aérea com seus cuidados, pressões no ouvido e turbulências. Mas, num percurso de três horas, em vinte minutos já voltei ao normal.

Sempre fui, e ainda sou, um cagão assumido. Nunca curti para-quedas, asadelta ou bungee jump. Assim como também não tenho a utopia de “ser livre para voar”. Sei que existe muita gente assim - até mais medrosa - e é justamente dentro do avião que esses indivíduos começam a se manifestar.

Esse medo é normal e toda empresa aérea sabe. É justamente por isso que a tripulação sempre procura distrair os passageiros. Na minha, por exemplo, distribuíram balinhas, colocaram som ambiente
e vídeos com a Ivete Sangalo, reportagens sobre a copa e clipes de música.

Pensando nisso, antes do pássaro de aço decolar, fiquei pensando em uma solução que, acredito, seria uma mais objetiva e satisfatória para os passageiros que sofrem de flatulência aguda quando entram no avião. Em vez de passar vídeos da Ivete falando do filho e de safaris africanos, por quê não usufruir do talento de um dos mais renomados humoristas do Brasil: Costinha?

Sempre fui fã do Costinha e adorava ouvir as fitas com suas piadas gravadas. É claro que fazia tudo sem a aprovação da mãe, por ser muito pequeno. Ir a um show, nunca tive a oportunidade.

Garanto que ao colocarem os fones de ouvidos, depois de sentarem tensos nas poltronas com avisos de atar cintos de segurança, os passageiros viajariam muito mais tranquilos escutando as histórias do mestre. Ouçam aí um pouco e vejam se não estou certo.